30 de nov. de 2008

Velhos amigos

Velhos amigos serão para sempre amigos, tudo pode acontecer, mas a amizade permanece. Você pode começar um namoro, conhecer novos amigos, e acabar deixando ele de lado por um tempo, mas quando você levar um pé na bunda ou se decepcionar com as novas amizades, vai acabar correndo p/ os braços dele, e adivinha? Eles estarão sempre abertos, prontos p/ te dar um colo, p/ te dizer palavras, que, podem até te machucar, afinal a verdade dói, mas você sabe que precisava ouvi-las. Por conta disso não vai nem se importar com a bronca que ele vai te dar, pois você também sabe que a merecia.
O melhor de tudo vai ser lembrar os velhos tempos e dar boas risadas, rir dos antigos namorados, e namoradas também, afinal, vocês não vão só falar dos ex dele, mas das suas ex também, e é claro, num futuro não muito distante vão estar rindo da situação atual, se perguntando como você pôde ser tão... Deixa p/ lá, afinal já estou me perguntando isso agora... rsrsrs... (santinha né Xuxu?!)
Xuxu! Saudade imensa de ti!
Beijo grande em seu coração!

29 de nov. de 2008

Hoje, clarice fala por mim....

“...Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim ... Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo ... Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.”
Clarice Lispector in "Felicidade Clandestina"

24 de nov. de 2008

Sem título...

Sem início
Sem inspiração
Sem vontade
Sem coragem
Sem fé
Sem esperanças
Sem compaixão
Sem gratidão
Sem ânimo
Sem incentivo
Sem perspectivas
Sem crenças
Sem desejo
Sem ódio
Sem amor
Sem paixão
Sem você
Sem ninguém
Sem fim...