10 de out. de 2008

Talvez as pequenas coisas

“É tão bom conhecer alguém aos poucos, cada dia uma surpresa, um pequeno detalhe esquecido na curva de um sorriso... E é tão bom saber que há sempre mais qualquer coisa para descobrir!” Porque nunca são as grandes coisas, são as pequenas que nos tornam tão nós, tão singulares na nossa vasta analogia...
Às vezes a minha maldita ansiedade me impede de desfrutar essas pequenas felicidades, ou por me embriagar de uma amaldiçoada enxaqueca latejante, ou simplesmente por não me permitir esperar pelo fabuloso desconhecido...
Então penso nas minhas pequenas coisas que talvez ninguém além de mim tenha reparado, talvez nunca tenha percebido que muito além de mim existe outro eu tão carente de pequenas coisas...
Carente talvez por doá-las demais a quem muito as tem, ou por esperá-las vir daquele que nunca as teve... Doar-se sempre talvez seja um lema meio ultrapassado num mundo onde não podemos ser puros de coração...
Mas todas essas pequenas coisas que refletem o que somos no íntimo, apesar de tão pequenas, são capazes de iludir corações, de enganar sentimentos... Talvez porque o que julgamos ser pequeno seja o que há de maior e melhor em nós...

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